Fruta da Amazônia previne obesidade


Fruta da Amazônia previne obesidade

Camu-camu, também chamada de "camucamu", "caçari", "araçá-d'água", ou ainda "camocamo" (Myrciaria dubia; Myrtaceae), é uma árvore frutífera da Amazônia
A composição química do camu camu é única, pois contém 20 a 30 vezes mais vitamina C do que kiwis e 5 vezes mais polifenóis que as amoras. "Nós demonstramos os efeitos benéficos para a saúde de frutas ricas em polifenóis em estudos anteriores", explica André Marette, professor da Faculdade de Medicina da Université Laval e principal pesquisador do estudo. "Foi isso que nos deu a ideia de testar os efeitos do camu camu na obesidade e nas doenças metabólicas".
Os pesquisadores se alimentaram de dois grupos de dieta rica em açúcar e feijão durante as semanas. Metade dos ratos recebeu extrato camu camu cada dia. No final da experiência, o ganho de peso nos ratos tratados com camundongo foi 50% menor do que a observada em ratos de controle e foi semelhante para o ganho de peso de ratos que consomem um baixo teor de açúcar, gordura Os pesquisadores acreditam que o efeito antiobesidade do camundongo pode ser explicado por um aumento não metabólico de repouso nos ratos que receberam o extrato.
Os resultados também foram melhorados com o objetivo de melhorar a tolerância à glicose e reduzir a concentração de endotoxinas no sangue e na inflamação metabólica. "Todas as alterações foram acompanhadas por uma reformulação da microbiota intestinal, incluindo uma floração de A. muciniphila e uma redução significativa em bactérias Lactobacillus", explica o Dr. Marette. Transplante da microbiota intestinal a partir do grupo camu para os ratos livres de germes que faltam à microbiota intestinal reproduzida do mês metabólico. "Camu camu exerce, assim, os seus efeitos metabólicos positivos pelo menos na parte, através da modulação da microbiota intestinal", conclui o pesquisador.
André Marette agora quer examinar se o camu camu produz os mesmos efeitos metabólicos em humanos. A toxicidade do extrato de frutas não deve representar um problema, uma vez que já é comercializado para combater a fadiga e o estresse e estimular o sistema imunológico.
Além de André Marette, os co-autores do estudo são: Fernando Anhê, Renato Nachbar, Thibault Varin, Jocelyn Trottier, Stéphanie Dudonné, Mélanie Le Barz, Perrine Feutry, Geneviève Pilon, Olivier Barbier, Yves Desjardins e Denis Roy.

Fonte:
fornecidos pela Université Laval