Mel ajuda no combate a infecções resistentes aos antibióticos


Mel Manuka pode ajudar no combate a infecções causadas por bactérias resistentes aos antibióticos

Pesquisadores da Universidade de Wales relatam que o mel Manuka, uma variedade de mel típica da Nova Zelândia, pode ajudar no combate a infecções causadas por bactérias resistentes aos antimicrobianos, como as ocasionadas pelo Staphylococcus aureusresistente à meticilina (MRSA). Os resultados foram apresentados na reunião da Society for General Microbiology.

Os pesquisadores afirmam que o mel Manuka altera a estrutura e a atividade das bactérias de maneira diferente.

No estudo com MRSA, a bactéria foi suscetível a concentrações relativamente baixas do mel Manuka. A combinação deste mel com o antibiótico oxacilina (e, em pequena extensão, com a vancomicina) alterou a estrutura dessas drogas, tornando-as potencialmente mais eficazes. Esta eficácia foi medida pela concentração inibitória mínima, ou mínima concentração bactericida, sendo cada um delas uma medida da concentração da droga necessária para retardar o crescimento ou matar os micro-organismos.

Na pesquisa com Pseudomonas, o mel induziu mudanças significativas na expressão de proteínas pelabactéria, o que pode prejudicar a sua sobrevivência.

Já com o Streptoccoccus pyogenes, o mel inibiu o crescimento do biofilme da bactéria, uma película que algumas delas são capazes de criar ao se unirem e se aderirem a uma superfície. Este biofolme as protege de ações externas e dificulta a desinfecção no local onde estão.

Fonte: Society for General Microbiology

Tabaco pode causar mutações

Estudo publicado na revista Chemical Research in Toxicology, da American Chemical Society, mostra que o cigarro causa danos ao DNA em apenas 30 minutos após a inalação, além dos conhecidos malefícios causados após anos de uso.

Os cientistas analisaram, no exame de sangue de 12 voluntários, o efeito dos hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs), principalmente do fenantreno, uma substância presente na fumaça do cigarro. Em apenas 15 a 30 minutos após a inalação, os participantes apresentaram níveis máximos desta substância, a qual tem potencial de formar um produto tóxico no sangue, podendo causar mutações que levam à formação de vários tipos de tumores malignos. O efeito é rápido, equivale a injetar a substância na corrente sanguínea.

Até o momento, os pesquisadores não puderam determinar exatamente como os PAHs causam danos ao DNA humano. Mas o presente estudo é o único a investigar a ação destas substâncias sem a interferência de outras fontes de exposição, como a poluição do ar e o tipo de dieta.

Fonte: Chemical Research in Toxicology . Cigarro causa danos ao DNA conforme dados publicados pela American Chemical Society

Carne vermelha pode provocar derrame

Estudo publicado no periódico Stroke mostra que o consumo de carne vermelha ou processada pode aumentar o risco de infarto cerebral em mulheres, mas não elevou o risco de hemorragia intracerebral ou sunaracnoidea na população estudada.

Pesquisas prévias já mostraram que o consumo de carnes vermelhas está associado a alguns tipos de câncer e pode ser um fator de risco para doenças cardiovasculares, no entanto estudos epidemiológicos sobre o consumo destes alimentos e sua relação com derrames cerebrais ainda é limitado.

Com o objetivo de examinar a associação entre o consumo de carnes vermelhas e a incidência de derrames cerebrais em uma população feminina sueca, a Swedish Mammography Cohort, foram estudadas 34670 mulheres sem doenças cardiovasculares e câncer no início da pesquisa. Durante um período de seguimento de cerca de 10 anos foram diagnosticados 1680 novos casos de derrame cerebral, 1310 infartos cerebrais, 154 hemorragias intracerebrais, 79 hemorragias subaracnoideas e 137 derrames inespecíficos.

O consumo deste tipo de alimento foi associado a um aumento estatisticamente significativo de infartos cerebrais em mulheres, mas não de hemorragia intracerebral ou subaracnóidea nesta população.

Fonte: Stroke – publicação online de 16 de dezembro de 2010. Consumo de carne vermelha ou processada pode aumentar o risco de infarto cerebral em mulheres, segundo artigo publicado na Stroke.